e esta sensação de estar a viver um entretanto. como uma vontade inconsciente de estar a acumular experiências para mais tarde partilhar contigo. para mais tarde voltar a partilhar contigo. não sei quantos amores se pode viver, começo a crer que muitos, ao mesmo tempo. quantas verdades me conto? quantas mentiras te conto? tu, aquele ser estranho que varia de forma e de nome quase dia sim – dia sim. não sei quantas vidas posso desejar até ter de começar a viver efectivamente a minha. quantos segredos posso guardar até ser julgada por cada um deles. e que segredos são estes? « os segredos têm a importância daqueles de quem os guardas ». qual a minha importância?

Na minha palma

Pergunto-me se a distância se mede em palmos. E, caso se meça, quantos palmos fazem uma distância?
Ou mede-se, antes, no número de mensagens que ficam por responder? Na quantidade de vezes que alguém nos passa pela cabeça sem nunca vir a saber? E se esse alguem for já muitas pessoas? Será que a distância aumenta com a proximidade que essas pessoas têm da nossa vida. Quero dizer, será que a distância é maior quanto maior for a importância dessas pessoas na nossa vida?
Quantos palmos cabem na distância?
Até se perder de vista? Até se perder da vida?